Em geral, os gatos não gostam de ser abraçados por humanos. Se ainda não decidiram um momento com você, não há necessidade de forçá-los, sob o risco de reforçar um sentimento já negativo. Dependendo do indivíduo, a apreensão pode variar de baixa a alta. Na vida cotidiana, portanto, é importante levar em consideração o caráter e o comportamento do seu gato.
Mas às vezes, em situações de necessidade ou emergência, não temos outra escolha senão abraçar o gato. Pode ser dar remédio, salvá-lo de um acidente de trânsito, levá-lo ao veterinário, etc. Então, aqui estão as boas maneiras de abraçar um gato, sem preocupá-lo e sem ser arranhado.
Maneiras de evitar segurar um gato nos braços
Para evitar cometer erros, saber o que não fazer é tão importante quanto saber o que fazer. Para abraçar um gato, às vezes tendemos, por ignorância ou hábito, a usar métodos errados. Contornamo-los para não reproduzi-los se já estiverem ancorados.
Má jogada número 1: olhar nos olhos dele
Ao se aproximar de um gato, é aconselhável não olhar para ele. Na verdade, ele poderia interpretar esse comportamento como um ato de desafio de sua parte. Em vez de tranquilizá-lo, ele estará em guarda e poderá ser agressivo.
Para avisá-lo, ele se afastará e posicionará as patas dianteiras para avisá-lo para não se aproximar. Se você fizer isso, ele poderá arranhá-lo ou até atacá-lo, na tentativa de se proteger.
Mau gesto número 2: pegue pelo pescoço
Costuma-se dizer que pegar o gato pelo pescoço não lhe faz mal. Além disso, é isso que as mães gatas fazem na natureza para carregar seus filhotes. Mas geralmente, eles fazem isso depois que o gatinho comete um erro.
Além disso, a musculatura de um gato adulto é mais forte e seu peso é maior do que o de um gatinho. Como resultado, agarrá-lo pela nuca pode machucá-lo.
Porém, se o seu gato gosta desse método, você pode abraçá-lo desta forma. Porém, é fundamental agarrar apenas a pele do pescoço, por um lado, e apoiar o peso do corpo com uma das mãos no eixo traseiro, por outro.
Má jogada número 3: carregue-o nas costas
Carregar um gato como se fosse um bebê é tentador. Você o tem nos braços, de costas para o chão e com as pernas para cima. Embora esta posição pareça muito bonita à primeira vista, ainda assim apresenta vários problemas.
Em primeiro lugar, se o gato cair, não terá tempo de se endireitar na queda e corre o risco de cair de costas, o que pode causar danos irreversíveis. Além disso, falta suporte e pode tombar no vácuo.
Coloque-se no lugar dele, esta posição não é tranquilizadora para ele. Ele está com as patas voltadas para você e pode se virar a qualquer momento para escapar, mesmo que isso signifique atropelar seu corpo, arranhando você no processo.
Má jogada número 4: deixar seu corpo no vácuo
Você já viu uma criança carregando um gato? Sendo este último pesado para ele, ele o carrega como pode. E o primeiro instinto é agarrar o gato com as duas mãos embaixo do peito. O gato então tem todo o peso do corpo apoiado nas patas dianteiras e as traseiras no vácuo.
Digamos que ele não está seguro e absolutamente não gosta disso. Principalmente se a criança primeiro puxou o rabo para aproximá-la. Em geral, e por mais simpático que seja o seu gato, diga aos seus filhos para não usá-lo para evitar qualquer risco de acidente.
Os gestos preferidos para segurar um gato nos braços
Para que um gato faça os melhores gestos possíveis que você tem para segurá-lo nos braços, é fundamental que ele se sinta seguro. Para isso, é necessário conhecer as técnicas adequadas de “carregamento”, aquelas que permitem reduzir o estresse e aumentar a confiança. Explicamos a melhor maneira de fazer isso em 5 etapas.
Bom gesto número 1: aproxime-se do seu gato de forma tranquilizadora
Não assuste seu gato. Se você quiser carregá-lo, deve estar calmo e relaxado. Para fazer isso, aproxime-se do seu gato com delicadeza, fale com ele em voz baixa e acaricie-o. Se ele ronronar e parecer feliz com você, será muito mais fácil carregá-lo nos braços depois.
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Para ganhar a confiança de um gato, é necessário não pegá-lo pela frente, nem por trás. No primeiro caso, ele consideraria você um inimigo. E no segundo, ele ficaria surpreso e se comportaria de maneira imprevisível. Aproxime-se dele pela lateral, pela direita ou pela esquerda, e não tenha pressa.
Mesmo em caso de emergência, não seja muito rápido nem muito rude, pois você perderá muito tempo pegando um gato assustado, além de se colocar em perigo. Um gato confiante será muito mais obediente e entenderá que você não lhe quer fazer mal.
Bom gesto número 2: carregue o gato com as duas mãos
Não podemos repetir o suficiente, o gato deve se sentir seguro em seus braços. Para isso é melhor que esteja bem conservado, então é preciso ser firme sem ser brutal. Para carregá-lo bem, use sempre as duas mãos, para que tenha o máximo apoio.
Isto é ainda mais importante quando você “descola” o seu gato do chão, sofá ou mesa onde ele estava. Na verdade, será levantado e, portanto, não deve ter medo de cair. O ideal é colocar uma mão sob o tronco e a outra para apoio sob as pernas/parte traseira.
Bom gesto número 3: coloque o gato contra o seu peito
Seu gato está agora em seus braços, dê-lhe liberdade para observar seu ambiente. Ele deve ter uma visão geral do que está ao seu redor, para poder antecipar o que acontecerá a seguir e não se sentir vulnerável. Sua cabeça deve, portanto, permanecer erguida.
Agora você pode aproximá-lo do peito, o que lhe dá mais apoio, mas também um cheiro e calor tranquilizadores. Se ele estiver relaxado e ronronando, poderá apoiar as patas dianteiras em seu antebraço ou até mesmo em seus ombros.
O importante é que o gato em seus braços se sinta bem, e para isso é preciso oferecer estabilidade a ele. Sob nenhuma circunstância suas pernas, dianteiras ou traseiras, devem ficar soltas. Ele deve se sentir em seus braços como se estivesse em terra firme.
Bom gesto número 4: coloque o gato no chão com cuidado
Se você pegou seu gato nos braços para uma sessão de carinho, é importante colocá-lo de volta no chão assim que ele ficar irritado. Ele vai mostrar isso batendo as orelhas, às vezes cuspindo ou começando a dar um empurrão nas patas traseiras para se libertar. Se você o pegou e colocou em uma caixa, não o arraste para fora por muito tempo para que ele não tenha tempo de mostrar sinais de aborrecimento.
De qualquer forma, descanse o gato enquanto o segura, apoiando a barriga e os quartos traseiros. À medida que ele se aproxima do chão, você pode soltar as patas dianteiras para que ele possa sair sem ter que pular de seus braços.
Bom gesto número 5: tome cuidado com um gato de rua
Você está prestes a pegar um gato de rua nos braços porque ele não está bem e quer levá-lo ao veterinário, ou porque está em perigo na estrada, por exemplo. Em qualquer caso, o melhor é ligar para os serviços de urgência ou para o veterinário mais próximo para beneficiar de um atendimento telefónico ou de uma intervenção no terreno.
Mas se não tiver escolha, faça como seu gato, tomando alguns cuidados extras. A melhor forma de evitar lesões é usar luvas grossas, como as dedicadas à jardinagem, por exemplo, e enrolar um pano ou peça de roupa nos antebraços. Se precisar transportá-lo posteriormente, é melhor ter um engradado ou caixa disponível.
Levando em consideração todos os nossos conselhos, você poderá carregar seu gato sem que ele fique zangado com você e sem assustá-lo. Porém, lembre-se que cada gato é único. Alguns apreciarão métodos recusados por outros. Por exemplo, alguns felinos gostam de ser carregados no ombro do dono, enquanto outros cortam suas costas para fugir. E alguns gatos definitivamente odeiam ser carregados, não importa o método. Neste caso, faça-o apenas quando não tiver outra escolha para evitar muito estresse.